Cinefront promove conversa com diretores hoje, às 19h
“Ararandeua”, “Ferida Amazônica” e “Dois Pesos” serão exibidos hoje na 5ª edição do Festival Internacional Amazônida de Cinema de Fronteira (FIA Cinefront) às 19h, no auditório da unidade 1 da Unifesspa.
Após a sessão, Ricardo Almeida e Camila Gusmão, Bruna Soares e Célia Maracajá (representando Rejane Neves), respectivos diretores dos filmes, participarão de uma conversa com os presentes sobre as produções.
Na programação do dia 16 de abril, também serão exibidos: Anel de Tucum e Bandeiras Verdes - 9h, auditório da Unidade 3; e Ex-Pajé, 15h, auditório da Unidade 1.
Confira as sinopses:
“Ararandeua”. Ano: 2018. Duração: 25 min. Direção: Ricardo d'Almeida. Sinopse: Filme contemplado no Prémio Proex 2017, da Unifesspa. O protagonista desse documentário é o rio Ararandeua, principal curso d'água de Rondon do Pará, da forma como emerge da memória daqueles que habitam as suas margens. O filme apresenta o rio e a sua relação histórica com as pessoas, desde as populações tradicionais deslocadas compulsoriamente pelo regime militar até os dias de hoje, quando a descoberta de minério no município promete mudar radicalmente o ritmo da cidade. Um filme sobre ser gente nessa tragédia contínua de existir em uma região conflituosa e degradante para ambos, seres humanos e rio cujas margens têm sido testemunhas dos equívocos do processo de colonização da Amazônia.
“Ferida Amazônica”. Ano: 2018. Duração: 8 min 30 s. Direção: Bruna Soares, Athos Reis, Delma Pompeu, Gabrielly Siqueira, Raphaela Max e Kerollen Paulina. Sinopse: Filme produzido por estudantes do curso de Artes Visuais da Unifesspa, sob a orientação da professora Silvia Helena Cardoso. Ao relato de uma ex-garimpeira são sobrepostas imagens da vila de Serra Pelada nos dias de hoje. Um retrato da atuação de empresas pouco preocupadas com os desdobramentos sociais de suas atividades.
“Dois pesos”. Ano: 2017. Duração: 18 min. Direção: Rejane Neves. Sinopse: O filme conta a história de uma mulher negra que é discriminada dentro do banheiro do shopping e acusada de ladra por "levar" para casa papel higiênico. A trama expõe de forma alegórica e caricata as relações de poder, o racismo e a luta de classes, tecendo uma crítica contundente ao sistema judiciário brasileiro.
"Anel de Tucum". Ano: 1994. Duração 1 h 09 min. Direção: Conrado Berning. Sinopse: Filme que mescla narrativa ficcional com registros documentais, “O Anel de Tucum” retrata a luta de trabalhadores rurais que se insurgem contra a exploração pelos latifundiários. Na produção, um grupo de fazendeiros se reúne para combater a ação das Comunidades Eclesiais de Base, que procuram auxiliar os trabalhadores nas questões sociais e nas reivindicações trabalhistas. Tal grupo conservador coloca um infiltrado no movimento dos explorados para investigá-los.
“Bandeiras Verdes”. Ano: 1987. Duração 30 min. Direção: Murilo Santos. Sinopse: Filme etnográfico que retrata a região interiorana do estado do Maranhão, denominada pré-amazônica, abordando aspectos fundiários e migratórios nas relações campesinas. Este é um ambiente de profundas modificações, onde famílias que praticavam agricultura de subsistência são seguidamente expulsas das terras em que se estabelecem, em decorrência da grilagem. Assim, Rosa e Domingos Bala partem de suas terras rumo às “Bandeiras Verdes”, áreas de mata virgem, “terras livres” e férteis, à beira de rios.
“Ex-Pajé”. Ano: 2018. Duração: 1h 21min. Direção: Luiz Bolognesi. Sinopse: Um poderoso pajé passa a questionar sua fé depois do primeiro contato com brancos que julgam sua religião como demoníaca. No entanto, a missão evangelizadora comandada por um pastor intolerante é posta em cheque quando a morte passa a rondar a aldeia e a sensibilidade do índio em relação aos espíritos da floresta mostra-se indispensável.